A Batalha de Alcácer-Quibir também grafado Alcácer-Quivir, al Quasr al-kibr, Alcazarquivir ou Alcassar, significando "grande fortaleza", conhecida em Marrocos como Batalha dos Três Reis ou Batalha de Oued al-Makhazin, foi uma batalha travada no Norte de Marrocos, perto da cidade de Alcácer-Quibir, entre Tânger e Fez, a 4 de agosto de 1578. Os portugueses, liderados pelo rei D. Sebastião, aliados ao exército do sultão Mulei Maomé (Abu Abdalá Maomé Saadi II, da dinastia Saadiana), combateram um grande exército saadiano liderado pelo sultão Mulei Moluco (Abu Maruane Abdal Malique I Saadi, tio de Mulei Mohammed) que gozava do apoio otomano.
No seu fervor religioso, o rei D. Sebastião planeara uma cruzada após Mulei Mohammed solicitar a sua ajuda para recuperar o trono que o seu tio, Mulei Moluco, havia tomado. A batalha resultou na derrota portuguesa, com o desaparecimento em combate do rei D. Sebastião e o aprisionamento ou morte da nata da nobreza portuguesa. Além do rei português, morreram na batalha os dois sultões rivais, dando origem ao nome "Batalha dos Três Reis", como ficou conhecida entre os marroquinos.
A derrota na Batalha de Alcácer-Quibir levou à crise dinástica de 1580 e ao nascimento do mito do Sebastianismo. O reino de Portugal ficou severamente empobrecido pelos resgates pagos para reaver os cativos.
A batalha ditou o início do fim da Dinastia de Avis e do período de Expansão iniciado com a vitória na Batalha de Aljubarrota. A crise dinástica resultou, dois anos mais tarde, na perda da independência de Portugal por 60 anos, com a união ibérica sob a dinastia Filipina.
Batalha de Alcácer-Quibir.