Fundação Batalha de Aljubarrota

Dinastias Portuguesas

Dinastia de Bragança

Descrição


A dinastia de Bragança (ou Brigantina) foi a quarta dinastia de reis portugueses, que reinou em Portugal entre 1640 e 1910, sendo denominado por dinastia de Bragança o período em que a Casa de mesmo nome se tornou a Casa Real portuguesa, e, portanto, soberana do reino de Portugal e do império ultramarino português. Foi também a dinastia reinante no Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves(1815-1822) e imperante no Império do Brasil(1822-1889).

A família tem ascendência na Casa de Avis e, portanto, na casa fundadora da nação portuguesa - a Casa de Borgonha. Foi, por conseguinte, soberana do Império ultramarino de Portugal. Deve o seu nome ao facto de os seus chefes familiares deterem, como título nobiliárquico principal, o de duque de Bragança.

A dinastia também foi a soberana do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, fundado em 1815 e desmembrado em 1822. Por via do filho herdeiro do Rei Dom João VI de Portugal, D. Pedro de Alcântara, que proclamou a independência do Brasil e fundou o Império do Brasil, em 1822, a dinastia foi, também, a soberana do império recém-citado, até 1889, quando um golpe militar instaurou a forma republicana presidencialista no Brasil. Em Portugal, deixou de reinar com o implantação da República Portuguesa de 5 de outubro de 1910.

Denomina-se de dinastia os períodos em que a Casa de Bragança foi soberana dos estados português e brasileiro.

Em Portugal, a Casa de Bragança foi elevada à coroa através de D. João II, 8.º duque de Bragança, que se tornou Rei com o nome de D. João IV, depois da restauração da Independência em 1 de dezembro de 1640, pois desde 1580 que o reino de Portugal se encontrava sob o domínio da Casa de Habsburgo(família soberana estrangeira).

A partir do reinado de D. João VI - de 1816 a 1826 - e das lutas entre liberais e absolutistas que se seguiram, a Casa de Bragança ficou dividida em três ramos:

Ramo de Bragança-Saxe-Coburgo e Gota

Descendência da rainha D. Maria II(1819-1853), filha do rei D. Pedro IV de Portugal(imperador D. Pedro I do Brasil), que se caso com Fernando de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry, príncipe de Saxe-Coburgo-Gota, príncipe consorte que só se tornou rei consorte após o nascimento do primeiro filho do casal, segundo as normas da então constituição portuguesa.

O ramo estabeleceu residência em Portugal e reinou neste país até à implantação da República Portuguesa, a 5 de outubro de 1910, após um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português. O último Rei, D. Manuel II, faleceu em 1932, sem deixar filhos. Deu-se o nome de "Bragança-Saxe-Coburgo e Gota" a este ramo devido ao facto dos seus membros descenderem do casamento da Rainha D. Maria II, da Casa de Bragança, com o príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota-Koháry (rei consorte como D. Fernando II), da Casa de Saxe-Coburgo-Gota.

Ramo Miguelista

Descendência do Rei D. Miguel I que, após ter sido derrotado na guerra Civil portuguesa, seguiu para o exílio, não reconhecendo a realeza da sua sobrinha, D. Maria II, continuando a reclamar para si e para os seus descendentes os direitos à coroa portuguesa. D. Miguel I era também irmão de D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal. Seu neto, D. Duarte Nuno de Bragança, acabou por vir a ser reconhecido como herdeiro do trono, pela maioria dos monárquicos, após a sua morte, pois o último rei português, D. Manuel II, não tinha herdeiros diretos. A chefia da Casa de Bragança, em Portugal, pertence atualmente ao representante deste ramo, filho primogênito de D. Duarte Nuno, D. Duarte Pio de Bragança, embora exista alguma contestação por parte dos outros ramos da Casa.

Ramo brasileiro (apelidado de Família Imperial Brasileira)

Descendência brasileira do imperador D. Pedro I (rei D. Pedro IV de Portugal). Este ramo imperou no Brasil até 1889, quando foi deposto o último imperador, Dom Pedro II. A primeira varoa do último imperador e, portanto, herdeira do trono imperial, a princesa D. Isabel de Bragança e Bourbon, casou-se, em 1864, com o nobre francês conde d'Eu, Luís Filipe Gastão de Orléans, neto do rei Luís Filipe I de França. Foi assim que ocorreu uma junção matrimonial entre a Casa de Orléans e a Casa de Bragança, vindo os descendentes deste casamento a utilizar o nome Orleães e Bragança ou Orléans e Bragança. Os outros descendentes dos imperadores do Brasil detém o nome Bragança.

Como a princesa Isabel herdaria o trono quando seu pai falecesse, os seus descendentes, ou seja, os Orléans e Bragança, disputaram o extinto trono imperial brasileiro(ver questão dinástica brasileira). Existem dois ramos nessa disputa, o ramo de Petrópolis e o ramo de Vassouras, remetendo para as duas cidades do estado do Rio de Janeiro.

A Casa de Bragança deixou de reinar em Portugal com o proclamação da república portuguesa em 5 de outubro de 1910.

No Brasil foi afastada do trono, também por um golpe militar republicano, ocorrido a 15 de novembro de 1889.

Os representantes actuais da casa, em Portugal, são o duque e duquesa de Bragança. O actual chefe da casa, D. Duarte Pio de Bragança, reúne dois ramos (em virtude de ser fruto primogênito do casamento entre o chefe do ramo Miguelista, D. Duarte Nuno de Bragança, e uma descendente da família imperial brasileira, D. Maria Francisca de Orléans e Bragança, bisneta do imperador D. Pedro II do Brasil).

Reis de Portugal da Casa de Bragança

D. João IV, o Restaurador (r. 1640 - 1656)

D. Afonso VI, o Vitorioso (r. 1656 - 1675)

D. Pedro II, o Pacífico (regente, 1668 - 1675; rei, 1675 - 1706)

D. João V, o Magnânimo (r. 1706 - 1750)

D. José I, o Reformador (r. 1750 - 1777)

D. Maria I, a Piedosa (r. 1777 - 1816), com D. Pedro III como rei-consorte

D. João VI, o Clemente (regente, 1799 - 1816; rei, 1816 - 1826)

D. Pedro IV, o Rei Soldado (r. 1826) Pedro I, Imperador do Brasil

D. Miguel I, o Absolutista (r. 1828 - 1834) Guerras Liberais

Reis de Portugal da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gota

D. Maria II, a Educadora (r. 1826 - 1828 e 1834 - 1853) com D. Fernando II como rei-consorte

D. Pedro V, Esperançoso (r. 1853 - 1861)

D. Luís I, o Popular (r. 1861 - 1889)

D. Carlos I, o Diplomata (r. 1889 - 1908)

D .Manuel II, o Desventurado / O Patriota (r. 1908 - 5 de Outubro 1910), Implantação da República

Armas da Casa de Bragança, após 1581.

Árvore genealógica dos reis de Portugal da casa de Bragança (em amarelo). Está incluído o seu parent...

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Nascimento de Nuno Álvares Pereira É legitimado por D. Pedro I A morte de D. Fernando e o início da Crise Casa com Leonor de Alvim Nuno Alvares Pereira toma partido do Mestre de Avis Campanha Militar - 1384 Início da Campanha de 1384 Em busca de provisões Combate naval no Tejo: Lisboa> Almada Diplomacia por Almada e conquista do Castelo A caminho de Entre Tejo e Guadiana Tentativa de arregimentar novos soldados na comarca de Évora O cerco de Monforte e Tomada do Castelo de Arronches Vence os castelhanos na Batalha dos Atoleiros. A Frota do Porto Combate na Ribeira de Alperrejão Tomada do Castelo de Monsaraz: Combate junto ao Guadiana Movimento para Ponte de Sôr O Cerco ao Fronteiro-Mor Novas ordens Combate e Reconquista de Almada O fim do Cerco de Lisboa Tomada do Castelo de Portel A conspiração contra o Mestre Insistência por Vila Viçosa Campanha Militar - 1385 O Condestável comanda as forças leais ao Mestre de Avis na Batalha Real (Batalha de Aljubarrota) A Batalha de Aljubarrota, vitória decisiva de Portugal; A célebre batalha de Valverde Campanha Militar - 1386 Campanha Militar - 1387 Começa a construção da capela de S. Jorge, em Aljubarrota. Começa a construção do Convento do Carmo, em Lisboa. Partilha com os companheiros de armas muitas das suas terras. Primeiros carmelitas vêm viver para o Convento do Carmo. O casamento entre o futuro duque de Bragança, D. Afonso, com a filha de D. Nuno, D. Beatriz Fim das hostilidades com Castela. Morre a filha, D. Beatriz. Projeta tornar-se carmelita. Participou da Conquista de Ceuta Reparte pelos netos os seus títulos e domínios. Ingressa no Convento do Carmo a 15 de agosto Morre, Nuno Alves Pereira Primeira trasladação dos restos mortais Segunda trasladação dos restos mortais As cortes pedem ao Papa Urbano VIII a sua beatificação. O pedido é renovado várias vezes ao longo dos anos. O terramoto de 1755 Terceira trasladação dos restos mortais Quarta trasladação dos restos mortais. O Papa Bento XV confirma o culto do Santo Condestável Início do Processo de Canonização Processo de Canonização suspenso Transladação dos restos mortais para a Igreja do Santo Condestável Reinício do processo de Canonização Anúncio da canonização Legado
Participou na tomada de Ceuta em 1415 - (D. Afonso, 1.º Duque de Bragança) Participou na expedição a Tânger em 1437 - (D. Fernando I, 2.º Duque de Bragança) Foi Governador de Ceuta em 1438 - (D. Fernando I, 2.º Duque de Bragança) Foi Governador de Ceuta em 1447 - (D. Fernando I, 2.º Duque de Bragança) Participou na Batalha de Alfarrobeira ao lado de D. Afonso V, em 1449 - (D. Afonso, 1.º Duque de Bragança) Foi regente do Reino em 1458 - (D. Afonso, 1.º Duque de Bragança) Foi Regente do Reino em 1471 - (D. Fernando I, 2.º Duque de Bragança) Pela sua participação na conjura contra D. João II, foi executado em Évora, em 1483 - (D. Fernando II, 3.º Duque de Bragança) D. Manuel devolveu-lhe os títulos e terras confiscados por D. João II - (D. Jaime I, 4.º Duque de Bragança) Custeou a expedição que conquistou Azamor, em Marrocos, em 1513 - (D. Jaime I, 4.º Duque de Bragança) Nomeado condestável do reino (1535) na ausência do Infante D. Luís - (D. Teodósio I, 5.º Duque de Bragança) Foi escolhido para padrinho do Infante D. Dinis, filho de D. João III (1535) - (D. Teodósio I, 5.º Duque de Bragança) Nomeado Fronteiro-Mor das Províncias do Minho e Trás-os-Montes (1540) - (D. Teodósio I, 5.º Duque de Bragança) Acompanhou a Infanta D. Maria à raia para ser entregue ao Príncipe D. Filipe, herdeiro da coroa em Castela (1543) - (D. Teodósio I, 5.º Duque de Bragança) Enviou 400 cavalos em socorro de Safim - (D. Teodósio I, 5.º Duque de Bragança) Nomeado para comandar o exército de socorro a Mazagão, jornada que não se concretizou porque os mouros levantaram o cerco - (D. Teodósio I, 5.º Duque de Bragança) Esteve presente na aclamação de D. Sebastião como rei - (D. Teodósio I, 5.º Duque de Bragança) Acompanhou D. Sebastião a África em 1574 - (D. João I, 6.º Duque de Bragança) Participou na batalha de Alcácer-Quibir, tendo sido feito prisioneiro - (D. Teodósio II, 7.º Duque de Bragança) Defendeu a pretensão da rainha D. Catarina ao trono após a morte do Cardeal-Rei D. Henrique - (D. João I, 6.º Duque de Bragança) Regressou a Portugal em 1580 - (D. Teodósio II, 7.º Duque de Bragança) Instituiu o Conselho de Guerra em 1640 e organizou a defesa de Portugal contra Espanha, tanto na metrópole como na América, África e Ásia Foi aclamado rei em 15 de Dezembro de 1640 - (D. João II, 8.º Duque de Bragança, IV dos Reis de Portugal) Nascimento do Dom Pedro I