Partido Social Liberal (PSL) é um partido político brasileiro historicamente alinhado ao social-liberalismo, mas que, atualmente, seria liberal no âmbito econômico, segundo nota publicada pelo presidente do partido. O partido teve seu registro deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2 de junho de 1998 e tem o número 17 como número eleitoral. O PSL tem cerca de 241 mil filiados em todo o país.
História
Foi fundado em 30 de outubro de 1994, obteve registro definitivo em 2 de junho de 1998 já sob a presidência de Luciano Caldas Bivar e desde então vem disputando as eleições.
Sua ideologia original era o social-liberalismo, defendendo uma menor participação do Estado na economia, mas com o direcionamento total dos recursos arrecadados pelo Estado para a saúde, a educação e a segurança. Uma de suas bandeiras é a criação do Imposto Único Federal, eliminando os demais tributos da União, bandeira de Bivar em sua campanha presidencial, em 2006. Tem como presidente nacional Gustavo Bebbiano, e como presidente de honra o deputado federal e ex-dirigente esportivo do Sport Club do Recife, Luciano Caldas Bivar.
Em 2015, o Partido Social Liberal passou por uma reformulação liderada pela tendência interna liberal e libertária "Livres", que enfatizou posições ideológicas de cunho social-liberal, presentes na ideologia do partido de sua fundação até janeiro de 2018. A reformulação do partido contava com a colaboração de nomes conhecidos do liberalismo no Brasil, como o cientista político Fábio Ostermann e o jornalista Leandro Narloch.
Em 5 de janeiro de 2018 o deputado federal e presidenciável Jair Messias Bolsonaro anunciou, junto ao presidente do partido Luciano Bivar, a sua filiação ao partido. O partido também havia discutido a possibilidade de uma mudança de nome, talvez mudando para 'mobiliza' ou para 'republicanos', o que porém, não ocorreu. Um mês antes, o presidente do partido havia dito que teria "orgulho" em acolher Bolsonaro, enquanto que o movimento Livres, então uma tendência interna do partido, rejeitava a filiação. Com a filiação de Bolsonaro, o PSL esperava obter até o final da janela partidária, cerca de 20 parlamentares, obteve porém, apenas 9.
Com o anúncio da filiação de Bolsonaro por Bivar, então presidente do partido, o Livres anunciou que iria se desvincular do PSL, com desfiliação de seus membros, alegando incompatibilidade ideológica com Bolsonaro e que o partido teria passado por mais uma reformulação, dessa vez de tendência conservadora.
Organização
Programa ideológico
Desde a entrada de Bolsonaro e a saída do Livres, o partido se afastou de suas raízes sociais-liberais e tem adotado posições conservadoras. Hoje o partido ainda defende um modelo econômico liberal, porém se classifica como "conservador nos costumes". O partido se posiciona a favor da legalização do porte de armas de fogo e contra o Aborto, o Casamento entre pessoas do mesmo sexo e o ensino da Identidade de gênero nas escolas. Segundo estudo de Adriano Codato, cientista político e coordenador do Observatório de Elites Políticas e Sociais do Brasil da UFPR, o partido é considerado uma sigla de direita, enquanto que o cientista político Claudio Couto, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, classificou o partido como de extrema-direita.
Desde a abertura da janela partidária em 2018, o partido conta com uma ala Monarquista, liderado pelo principe Luiz Philippe de Orléans e Bragança, que defende a restauração da monarquia no Brasil por meio de um referendo.
Liderança
O partido tem como líder um presidente, que é eleito por meio de convenções.
Desde 2018, o presidente é Gustavo Bebbiano, porém, segundo o jornal El País, Bolsonaro é o de-facto presidente do partido, controlando a maior parte dos diretórios e exercendo grande influência sobre o partido e seus membros.
Desempenho eleitoral
Participação em nível estadual e municipal
Foram eleitos às assembleias legislativas estaduais dez deputados em 1998, treze em 2002 e oito em 2006. Já para o cargo de prefeito o partido elegeu onze candidatos em 1996, vinte e seis em 2000 e vinte e cinco em 2004. A participação do partido nas esferas estaduais e municipal se deu, ao longo dos anos, em todas as regiões do país - norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste.
Participação em eleições parlamentares federais
Participação do partido em eleições presidenciais
Nas eleições de 2006, Luciano Bivar foi lançado pelo partido como candidato à presidência da República. Obteve votação pouco expressiva (62.064 votos), ficando em último lugar entre os candidatos aptos a se eleger. Américo de Souza, vice de Bivar na eleição anterior, seria o pré-candidato a presidência da República em 2010 pelo partido. Ele, no entanto, não conseguiu ter a sua candidatura oficializada.
Em 2014, o PSL apoiou a candidatura de Eduardo Campos (PSB) a presidente da república e a de Marina Silva (PSB) a vice, compondo a coligação Unidos pelo Brasil, que pretendia ser uma terceira via à tradicional polarização entre os candidatos do PT/PMDB e do PSDB/DEM.
Em 2018, o PSL lançou Jair Bolsonaro como candidato a presidente e em 5 de agosto de 2018. O general da reserva Antonio Hamilton Martins Mourão foi anunciado como o vice de Bolsonaro e o PRTB como parceiro de coligação do PSL. A coligação entre os dois partidos foi batizada de Brasil acima de tudo, Deus acima de todos, lema frequentemente utilizado por Bolsonaro em discursos.
Resumo
Os 30 anos de vida pública do mais polêmico candidato à presidência do Brasil em 2018. Inclui sua biografia, comissões, cargos políticos, filiações partidárias, projetos e declarações públicas.