Em julho de 2019, Bolsonaro anunciou a intenção de nomear seu próprio filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos em Washington, D.C, o que gerou controvérsia nos meios diplomáticos. "Vou nomear, sim. E quem disser que não vai mais votar em mim, lamento", declarou, contestando a acusação de nepotismo. Posteriormente, Bolsonaro voltou a justificar sua escolha, ao explicar que queria se aproximar com os países de "primeiro mundo" para que eles ajudem a explorar o minério de terras indígenas: "Por isso, a minha aproximação com os Estados Unidos. Por isso, eu quero uma pessoa de confiança minha na embaixada dos EUA (...) Vocês acham que eu colocaria um filho meu em um posto de destaque desse para pagar vexame? Quero contato rápido e imediato com o presidente americano", ressaltou. Eduardo, por sua vez, rebateu as críticas e enumerou seus méritos para dirigir a cobiçada legação: "Presido a comissão de Relações Exteriores da Câmara, tenho vivência, fiz intercâmbio, fritei hambúrguer lá nos Estados Unidos, e melhorei meu inglês".
Jair Bolsonaro lançou a proposta, que causou controvérsia entre os diplomatas profissionais, justamente no dia em que o indicado completou 35 anos – exatamente a idade mínima que a lei brasileira estabelece para ser embaixador. Apesar do apoio do presidente ser essencial, ele não é suficiente. A indicação deve ser aprovada também pelo Senado, em votação secreta. A Controladoria-Geral da União se manifestou em favor da nomeação. Segundo o órgão, a indicação não pode ser entendida como nepotismo, visto que súmulas do Supremo Tribunal Federal indicam vedações de nepotismo para ocupação de cargos por familiares do Presidente apenas quando se tratam de cargos estritamente administrativos (em comissão, função gratificada, cargos de direção e assessoramento) e não de cargos políticos. Um parecer técnico de consultores legislativos do Senado concluiu que a nomeação deveria ser enquadrada como nepotismo por entender que o cargo da embaixada é um cargo comissionado comum. No dia 22 de outubro, no entanto, Eduardo decidiu desistir do cargo de embaixador para assumir a liderança do PSL na Câmara dos Deputados.
Eduardo Bolsonaro foi indicado pelo pai como o possível embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
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