O chamado "Laranjal do PSL" é um esquema de corrupção que veio a público em fevereiro de 2019 e levanta suspeita de irregularidades no Partido Social Liberal (PSL) pelo suposto uso de candidatos"laranjas"para o financiamento de campanhas em Minas Gerais e Pernambuco. A primeira revelação, feita no dia 4 de fevereiro pela Folha, era de que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), patrocinou um esquema de candidaturas falsas para desviar verba pública para cota de gênero, que prevê que ao menos 30% das candidaturas e do fundo partidário devem ser destinado à mulheres.
Alegou-se que a verba das candidaturas de fachada foi liberada por Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da presidência, que na época era presidente nacional do partido. Bebianno disse que havia conversado com Bolsonaro sobre o assunto três vezes. Carlos Bolsonaro, no entanto, desmentiu Bebianno numa rede social, chamando-o de "mentiroso". Bebianno sustentou sua posição e disse à imprensa que não iria se demitir do cargo, mas declarou que havia perdido a confiança no presidente por ele "usar seus filhos em manobras políticas".
A situação o levou a ser exonerado no dia 18 de fevereiro e substituído por Floriano Peixoto Vieira Neto, sendo essa a primeira queda de ministro no governo. No dia 7 de março veio à público uma nova denúncia de candidatura laranja contra Marcelo Antônio, denunciado formalmente ao TRE-MG pela candidata Zuleide Oliveira. Em setembro, Marcelo foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais e pela Polícia Federal por falsidade ideológica, apropriação indébita eleitoral e associação criminosa.
Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da presidência, exonerado após a repercussão do caso.
Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo, acusado de patrocinar esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais.
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