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Presidentes

Gomes da Costa

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Gomes da Costa (1863 - 1929) comandou tropas em França na I Guerra Mundial e liderou a revolução de 28 de Maio de 1926. Foi presidente durante cerca de um mês, antes de ser preso e exilado em Angra do Heroísmo.

Militar de carreira, ascende na hierarquia desempenhando diversas funções nas então colónias portuguesas da India, Angola e Moçambique.

Em 1917 segue para França, onde comanda uma das divisões portuguesas no teatro de operações da Flandres.

Em 28 de Maio de 1926 é um dos principais líderes do movimento militar que derruba a primeira República. Parte de Braga à frente de tropas e entra em Lisboa vitorioso.

Força a demissão de Mendes Cabeçadas e assume a presidência. Ocupa o cargo apenas durante um mês, sendo afastado por decreto.

É detido e exilado em Angra do Heroísmo.

Temas: História, Século XX

Ensino: 2º Ciclo, 3º Ciclo, Ensino Secundário

Ficha Técnica

Título: Os Presidentes (Ep. 3)

Tipo: Extrato de Documentário

Autoria: Alexandrina Pereira / Rui Pinto de Almeida

Produção: Braveant para a RTP

Ano: 2011

Informações adicionais:

Manuel de Oliveira Gomes da Costa (Lisboa, 14 de janeiro de 1863 — Lisboa, 17 de dezembro de 1929) foi um militar e político português, presidente do Ministério acumulando com a chefia do Estado, fazendo dele o de facto décimo presidente da República Portuguesa e o segundo da Ditadura Nacional.

Gomes da Costa

Manuel Gomes da Costa

Assinatura

Biografia

Enquanto militar, destacou-se nas campanhas de pacificação das colónias, na Índia e em África, e ainda na I Grande Guerra. A 15 de Fevereiro de 1919 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis, a 14 de Fevereiro de 1920 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e a 5 de Outubro de 1921 foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis.

Enquanto político, foi o líder que a direita conservadora encontrou para liderar a revolução de 28 de Maio de 1926, com início em Braga (isto após a morte do general Alves Roçadas, que deveria ter sido o seu chefe).

Não assumiu de início o poder, que foi confiado a José Mendes Cabeçadas, o líder da revolução em Lisboa; como os revolucionários julgassem a atitude deste um pouco frouxa, Gomes da Costa viria, após sucessivas reuniões conspirativas mantidas no quartel-general de Sacavém, a alcançar o poder, após um golpe ocorrido em 17 de Junho de 1926.

No entanto, o seu Governo não durou muito mais que o de Mendes Cabeçadas; em 9 de Julho do mesmo ano, uma nova contra-revolução, chefiada pelo general Óscar Carmona, derrubou Gomes da Costa, incapaz de lidar com os dossiês governativos.

Carmona, agora presidente do Ministério, enviou-o para o exílio nos Açores, e fê-lo Marechal do Exército Português.

Ainda exerceu algumas funções de natureza política, mas com valor protocolar apenas. Em Setembro de 1927, regressou ao Continente, tendo falecido em condições miseráveis, sozinho, pobre e desligado do poder.

Parte do seu espólio literário encontra-se na Biblioteca Nacional de Portugal.

Obra Publicada

Gaza: 1897-1898. Lisboa : M. Gomes, 1899.

A Grande Batalha do C. E. P. (A Batalha do Lys) 9 de Abril de 1918. Lisboa : Livraria Popular de Francisco Franco, 1919.

O Corpo de Exército Português na Grande Guerra: A Batalha do Lys: 9 de Abril de 1918. Porto : Tip. Renascença Portuguesa, 1920.

A guerra nas colonias: 1914-1918. Lisboa :Portugal-Brasil, 192_.

Soldados de Portugal. Macau : Imprensa Nacional, 1923.

Descobrimentos e conquistas. Lisboa : Serv. Gráf. do Exército, 1927.

Descobrimentos e conquistas: Afonso de Albuquerque: 1569-1915. Lisboa: Imprensa Nacional, 1929.

Memórias. Prefácio de Aires de Ornelas; posfácio do Coronel Ferreira do Amaral. Lisboa : A. M. Teixeira & C.ª, 1930.

A revolta de Goa e a campanha de 1895-1896. Lisboa : Soc. Ind. de Tipografia, 1939.

Escultura de Gomes da Costa, do escultor Barata Feyo.

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