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Presidentes

João do Canto e Castro, um presidente monárquico

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João do Canto e Castro (1862 - 1934) sempre se assumiu como monárquico, mas aceitou a nomeação para o cargo e foi o quinto presidente da República Portuguesa. O seu mandato começou em 1918 e terminou menos de um ano depois.

Desenvolve a sua carreira militar na marinha, assumindo também cargos públicos em diversas ex-colónias portuguesas.

Um monárquico assumido senta-se no último parlamento da monarquia em 1908.

Já na república aceita, durante o período de Sidónio Pais, a nomeação para Secretário de Estado da Marinha – o equivalente a ministro.

Após a morte de Sidónio é eleito para o substituir e o seu mandato fica marcado por constantes revoltas e tentativas de restauração da monarquia que ele combate.

É substituído por António José de Almeida.

Temas: História, Século XX

Ensino: 2º Ciclo, 3º Ciclo, Ensino Secundário

Ficha Técnica

Título: “Os Presidentes” (Ep. 2)

Tipo: Extrato de Documentário

Autoria: Alexandrina Pereira / Rui Pinto de Almeida

Produção : Braveant para a RTP

Ano : 2011

Informações adicionais

João do Canto e Castro da Silva Antunes Júnior (Lisboa, 19 de maio de 1862 — Lisboa, 14 de março de 1934) foi um oficial da Marinha e quinto Presidente da República Portuguesa, de 16 de Dezembro de 1918 a 5 de Outubro de 1919.


João do Canto e Castro

Assinatura

Biografia

Filho de José Ricardo da Costa da Silva Antunes (Lisboa, Santo André, 7 de Fevereiro de 1831 — 7 de Agosto de 1906) e de sua mulher (1860) Maria da Conceição do Canto e Castro Mascarenhas Valdez (24 de Outubro de 1825 — Lisboa, 20 de Abril de 1892).

Frequentou o Colégio Luso-Britânico e a Real Escola Naval. Foi oficial da Armada, percorrendo todo o Império Português, atingindo o posto de Almirante.

Casou em 1891 com Mariana de Santo António Moreira Freire Correia Manuel Torres de Aboim (Lisboa, 13 de Junho de 1865 &mdas; 18 de Janeiro de 1946), irmã do 1.º Visconde de Idanha e sobrinha paterna do 1.º Visconde de Vila Boim, de quem teve três filhos, deixando geração até hoje.

Em 1892, foi nomeado governador de Moçambique. Em 1908 foi deputado.

No início da República, dirigiu a Escola de Alunos Marinheiros, em Leixões, e chefiou o Departamento Marítimo do Norte. Em 1915, dirigiu a Escola Prática de Artilharia Naval. No governo de Sidónio Pais foi nomeado director dos Serviços do Estado-Maior Naval e secretário de Estado da Marinha.

Tomou posse como ministro da Marinha, a pedido de Sidónio Pais, a 9 de Setembro de 1918, tendo-lhe sucedido depois do atentado que vitimou o ditador.

Durante o seu mandato sucederam-se duas tentativas de revolução. A primeira, em Santarém, em Dezembro de 1918, foi liderada pelos republicanos Cunha Leal e Álvaro de Castro. A segunda, em Janeiro de 1919, de cariz monárquico, liderada por Paiva Couceiro, que, por algum tempo manteve a "Monarquia do Norte" fez ressaltar a sua posição sui generis: sendo monárquico, como Presidente da República, reprimiu violentamente um movimento daqueles com quem partilhava convicções.

Foi Cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa em 1891 e Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito em 1919.

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