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Sidónio Pais, o "Presidente-Rei"

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Sidónio Pais (1872 - 1918) assume a presidência na sequência de um golpe militar em 1917, fundando o que designou de República Nova. Suspendeu a constituição de 1911. Foi assassinado no Rossio quando embarcava num comboio com destino ao Porto.

A sua atividade divide-se entre a carreira militar e a docência universitária.

Não participa no golpe do dia 5 de Outubro de 1910, mas é um entusiasta da República. Assume vários cargos públicos, pastas governamentais e diplomáticas durante a primeira fase da governação republicana.

Assume a chefia do movimento revolucionário que derruba a república democrática em Dezembro de 1917. Suspende a constituição de 1911 e implementa, em 1918, uma nova realidade política de tipo presidencialista.

Com base numa mudança na lei eleitoral marca novas eleições presidências e é eleito Presidente da república, sendo empossado a 9 de maio de 1918. Sidónio Pais, que também ficará conhecido como o Presidente-Rei, impõe uma governação com mão de ferro.

Em princípios de Dezembro de 1918 escapa a um atentado, mas a 14 do mesmo mês é morto a tiro na estação do Rossio.

Temas: História, Século XX

Ensino: 3º Ciclo, Ensino Secundário

Ficha Técnica

Título: “Os Presidentes” (Ep. 2)

Tipo: Extrato de Documentário

Autoria: Alexandrina Pereira / Rui Pinto de Almeida

Produção: Braveant para a RTP

Ano: 2011

Informações adicionais:

Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (Caminha, 1 de maio de 1872 — Lisboa, 14 de dezembro de 1918) foi um militar e político que, entre outras funções, exerceu os cargos de Deputado, de Ministro do Fomento, de Ministro das Finanças, de Embaixador de Portugal em Berlim, de Ministro da Guerra, de Ministro dos Negócios Estrangeiros, de Presidente da Junta Revolucionária de 1917, de Presidente do Ministério e de Presidente da República Portuguesa. Oficial de Artilharia, foi também professor na Universidade de Coimbra, onde leccionou Cálculo Diferencial e Integral.

Enquanto Presidente da República, de forma ditatorial, sem consultar o Congresso, suspendeu e alterou por decreto algumas normas da Constituição de 1911, protagonizando a primeira grande mudança no republicanismo português — a República Nova, de cunho presidencialista — transformando-se numa das figuras mais controversas da política portuguesa do século XX. O seu assassinato, no final de 1918, gerou grande comoção popular, culminando no poema-elogio fúnebre de Fernando Pessoa que lhe deu o epíteto de Presidente-Rei.

Em 1966, os seus restos mortais foram trasladados solenemente para o Panteão Nacional, na Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, aquando da sua inauguração. A cerimónia ocorreu no dia 5 de dezembro e homenageou igualmente com estas honras outros ilustres portugueses. Antes disso, o seu corpo encontrava-se na Sala do Capítulo do Mosteiro dos Jerónimos.

Sidónio Pais presta juramento no Parlamento, após a sua eleição para Presidente da República.

4.º Presidente de Portugal - Sidónio Pais

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